O TEMPO SE ABREVIA…

Olhando para os eventos recentes em todo o mundo, sem sombra de dúvidas, qualquer cristão minimamente esclarecido e atento ao cômputo profético reconhecerá de forma inequívoca o perfeito cumprimento das seguintes palavras: “Isto, porém, vos digo, irmãos: o tempo se abrevia; o que resta é que não só os casados sejam como se o não fossem; mas também os que choram, como se não chorassem; e os que se alegram, como se não se alegrassem; e os que compram, como se nada possuíssem; e os que se utilizam do mundo, como se dele não usassem; porque a aparência deste mundo passa. O que realmente eu quero é que estejais livres de preocupações […]” (I Coríntios 7:29-32).

Entre as inúmeras verdades solenes inseridas nesse texto e contexto ao qual Paulo faz referência, face à iminência da Volta de Jesus, amigo(a) leitor(a), eu quero chamá-lo(a) a refletir comigo em apenas duas sentenças:

1. “O tempo se abrevia…”
2. “O que realmente eu quero é que estejais livres de preocupações…”

Sim. Cumprindo inúmeras profecias – muitas delas apresentadas pelo próprio Senhor Jesus – sobre a celeridade dos eventos que assinalariam a iminência do Seu retorno a este planeta desgarrado, nós constatamos de forma inquestionável que: “O tempo se abrevia…”

À guisa de confirmação, apenas alguns textos que nos mostram que “O tempo se abrevia…”:

“Pois vós mesmos estais inteirados com precisão de que o Dia do Senhor vem como ladrão de noite. Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores de parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão” (I Tessalonicenses 5:2-3).

“… Grandes mudanças estão prestes a operar-se no mundo, e os acontecimentos finais serão rápidos”. (Ellen G. White, Testemunhos Seletos, vol. 3, p. 280).

A consciência de que “O tempo se abrevia…” deve, inapelavelmente, nos conduzir a uma nova postura face à vida, face aos nossos semelhantes e às realidades eternas que se descortinam diante dos nossos olhos.

 

É preciso, então:

– Despertar – espiritualmente falando – do enganoso e mortal “sono laodiceano”; sair desta modorrenta letargia e inércia religiosa: Desconectando-se do pecado e das inúmeras ilusões mundanas, e conectando-se inteiramente ao Senhor Jesus:

“E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos. Vai alta a noite, e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz. Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes; mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências” (Romanos 13:11-14).

– “remir o tempo, porque os dias são maus” (Efésios 5:16).

Oh, se todos os Pastores, Líderes da IASD em todos os níveis e membros de igreja compreendessem a solenidade destas palavras: “O tempo se abrevia…”! Quão diferentes seriam as nossas escolhas e atitudes em relação ao tempo; com certeza, isso iria afetar radicalmente também as nossas escolhas e decisões que tomamos em relação a:

– O tempo de “qualidade” que passamos (ou deixamos de passar…) com os nossos familiares;

– O tempo que jogamos fora com frivolidades e coisas inúteis e/ou prejudiciais ao nosso relacionamento com o Senhor Jesus;

– O tempo que ocupamos dos nossos Pastores e demais líderes com fofocas, briguinhas, contendas e picuinhas – que os desviam inapelavelmente da obra da pregação do Evangelho e salvação de almas;

– O tempo e os nossos demais recursos intelectuais, sociais e espirituais que estamos jogando fora nas redes sociais – que poderiam e deveriam ser usados na obra da pregação do Evangelho e salvação de almas;

– Os recursos financeiros que faltam na “linha de frente” – e que sobram na maioria das vezes nas contas bancárias – porque retemos aquilo que a Deus pertence (Malaquias 3:8-10) e, como tal, deveria ser empregado criteriosamente na obra da pregação do Evangelho e salvação de almas!

 

 

 

 

 

Analisando essa ordenança divina, o Comentário Bíblico afirma o seguinte: 16. Remindo o tempo. Literalmente, “comprando para vós o tempo oportuno”, isto é, aproveitando ao máximo cada oportunidade (Cl 4:5). É obrigação e privilégio de todo cristão aproveitar cada momento do tempo para grandes e nobres propósitos. (Comentário Bíblico Adventista, Vol. 6, p. 1147).

Sem sombras de dúvidas, não existe nenhum propósito, trabalho, obra ou incumbência humana mais nobre e gloriosa do que a pregação do Evangelho e a salvação de almas! Afinal, foi este propósito que fez com que o Senhor Jesus deixasse a glória e majestade do Céu e viesse a este planeta errante e imerso no lodaçal do pecado: “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o perdido” (Lucas 19:10).

Consequentemente, este é o trabalho mais importante e urgente do mundo: “O Senhor determinou que a proclamação desta mensagem fosse a maior e mais importante obra no mundo, para o tempo presente. […] Como um povo, necessitamos apressar o trabalho nas cidades, trabalho este que tem sido atrasado por falta de obreiros e de meios, bem como de espírito de consagração. Nesse tempo, o povo de Deus precisa volver o coração inteiramente a Ele, porquanto o fim de todas as coisas está próximo”. (Ellen G. White, Evangelismo, pp. 18-30).

 

Trabalhai enquanto é dia…

Meus queridos irmãos e queridas irmãs, não existe a menor dúvida quanto a esta verdade solene: “O tempo se abrevia…”! Logo, muito em breve, seremos impedidos de trabalhar e pregar o Evangelho livremente em nossas cidades e em nosso país; portanto, devemos pôr de lado os nossos planos medíocres e as nossas agendas mesquinhas e acanhadas, sair da nossa zona de conforto e assumir com seriedade o cronograma de Deus:

“É necessário que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar” (João 9:4). Em algumas versões, este texto aparece com a ordem expressa do Senhor Jesus: “Trabalhai enquanto é dia…”

“Deveremos esperar até que se cumpram as profecias do fim, antes de dizermos alguma coisa a seu respeito? Que valor terão nossas palavras então? Deveremos esperar até que os juízos de Deus caiam sobre o transgressor, antes que lhe digamos como evitá-los? Que é de nossa fé na Palavra de Deus? Teremos que ver as coisas preditas se realizarem, antes que acreditemos o que Ele diz? Em raios claros e distintos tem-nos vindo iluminação, mostrando-nos que o grande dia do Senhor está bem perto, “próximo às portas”. Leiamos e compreendamos antes de ser tarde demais”. (Testemunhos Seletos, vol. 3, p. 289)

Aqui em nosso distrito de Monte Alegre, no Oeste Mineiro, temos três cidades (Araporã, Campo Florido e Comendador Gomes) sem presença adventista para evangelizar – e o que não nos falta é a grande vontade e disposição de evangelizá-las. Tenho apenas até o final para realizar este trabalho, pois deverei ser transferido para outro distrito em dezembro. Então, a hora é agora!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Sobra-nos vontade e disposição para alcançar estas novas cidades. Falta-nos “apenas”:

– Recursos financeiros para contratar e manter obreiros bíblicos trabalhando diuturnamente nestas cidades;

–  Recursos financeiros para alugar uma casa para hospedar os obreiros;

–  Recursos financeiros para aluguel de um salão e para a realização das conferências evangelísticas;

– Recursos financeiros para ajudar com aluguel durante um ano as famílias que queiram se mudar para alguma das centenas de cidades sem presença adventista de Minas Gerais – como fizemos com a querida Família Justo em Coromandel: Onde não havia sequer um templo da IASD, hoje está sendo construído o segundo templo – e nos ajudar na evangelização;

– Obreiros voluntários, para nos ajudarem nesta desafiadora obra de evangelização das cidades sem presença adventista;

– Pessoas 100% comprometidas com o Reino de Deus e 100% desejosas de ver o Senhor Jesus voltar, de coração amável e generoso, que venham compor a nossa “Equipe OMGM” e auxiliar-nos nesta grandiosa obra!

 

CONCLUSÃO:

A última frase de Paulo, no texto que estamos analisando, diz: “O que realmente eu quero é que estejais livres de preocupações…” Em outras palavras, o que Paulo está afirmando é o seguinte:

– Todos os interesses e afeições máximas de vocês devem estar concentradas no Céu e não nas coisas aqui da Terra!

– Mais do que nunca, todas as prioridades de vocês devem estar fundamentadas e consolidadas naquela ordenança bíblica estabelecida pelo próprio Senhor Jesus: “Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6:33, A Bíblia de Jerusalém).

A pergunta interessante a ser feita aqui é: Que “coisas” são essas que, com absoluta certeza, nos “serão acrescentadas” sempre que colocarmos em primeiro lugar o Reino de Deus e a Sua Justiça? Ora, são exatamente aquelas coisas que devem sempre ocupar – quando muito – a “periferia” da nossa visão; são as coisas secundárias, aquelas pelas quais nosso Senhor Jesus afirmou “não andeis ansiosos” (Mateus 6:25-32) e que compõem toda a gama de coisas desta vida que jamais deveriam absorver as nossas preocupações: “O que realmente eu quero é que estejais livres de preocupações…”

“Os ensinos de Jesus e dos apóstolos mostram que a prioridade da vida é se preparar para o reino de Deus, de eterna glória (ver Mt 6:19-21, 33; 10:38, 39; Mc 10:21). O tempo desse preparo sempre é apresentado como breve (ver. com. de Rm 13:11). […] O cristão ciente deste fato importante, de sempre estar pronto para se encontrar com Deus, não porá suas afeições nas coisas terrenas. Estará constantemente apercebido da incerteza da vida e da natureza temporária e transitória deste mundo. Assim, viverá em contínua prontidão para a vinda do Senhor (ver Cl 3:1, 2).” (Comentário Bíblico Adventista, vol. 6, p. 787).

 

Como dizia aquele antigo corinho do Ministério Jovem:

Com os pés na Terra e os olhos no Céu eu vou, eu vou,

Com os pés na Terra e os olhos no Céu

Eu vou seguindo até encontrar meu Jesus.

 

MARANATA!!!

 

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